quinta-feira, 6 de maio de 2010

Crise do capitalismo: capítulo grego

Ontem, a Grécia parou. Parou porque a PAME - central sindical grega - chamou uma greve geral que demonstrou quem move aquele país. Parou porque os trabalhadores foram às ruas dizer que não aceitarão a receita proposta pelo FMI de forte contração fiscal em troca do empréstimo bilionário.
Parece que os neoliberais não aprenderam nada com esta crise. Não aprenderam que não se supera crise - criada por eles - contraindo gastos, já que isso significa redução de direitos trabalhistas, desemprego e baixo crescimento. Não entendem que o alívio da crise precisa necessariamente passar pelo setor produtivo e não diminuindo-o ainda mais.
É claro que no caso grego, a coisa é mais complicada porque se trata de um membro da zona do Euro. Ou seja, não depende só da Grécia medidas como a desvalorização da moeda. Tampouco a grave crise afeta apenas esse país.
O fato é que os gentilmente apelidados países PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha) precisam encontrar seus caminhos para enfrentar a crise. No caso da Grécia, a proposta dos neoliberais - FMI e União Europeia - jogam o pagamento no colo dos trabalhadores. A única certeza que temos no meio dessa confusão é que os trabalhadores são as maiores vítimas da crise capitalista - com redução de salários e desemprego em massa. Por isso, devemos prestar toda a solidariedade ao povo grego e reafirmar que os trabalhadores não podem pagar por essa crise. A saída passa pela busca de um novo modelo - o socialista.
Me despeço aqui para ir ato em solidariedade ao povo cubano, na Câmara de Vereadores de São Paulo, promovido pelo Cebrapaz e pelos vereadores do PCdoB jamil Murad e Netinho de Paula. Depois conto como foi.

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