domingo, 3 de julho de 2011

Novas ideias para organizar a POA que queremos



Amanhã será um dia muito especial: lançaremos a Conferência Municipal do PCdoB em grande estilo, com o Seminário "Novas Ideias para Organizar a Porto Alegre que Queremos". Junto com a Conferência, inauguramos uma fase de reflexão e troca de experiências sobre qual a Porto Alegre que os porto-alegrenses querem ter.



Para o debate, já estão confirmadas lideranças do PCdoB, do PT, do PSB, do PPL, do PR. Mas a ideia é ampliar mais! É construir com a população de todas as regiões uma nova visão para a nossa capital, desenvolver suas potencialidades e devolvê-la a cara de cosmopolita. Porto Alegre pede marcha, um novo fôlego para que nosso povo tenha o direito de ser feliz na sua cidade.



A UJS sempre lutou por mais direitos e participação. Queremos ajudar a transformar Porto Alegre em uma cidade que acolha a juventude com trabalho e oportunidade, com educação e saúde. Com segurança e união de toda a população. Uma cidade unida para dar um salto de qualidade.



Tenho certeza de que será um marco na construção do PCdoB, que realizará a maior conferência da sua história e na construção de uma frente ampla, democrática e popular, capaz de equacionar novas ideias para construir a Porto Alegre que queremos. Compareçam!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Reunião Regional da FMJD



Participei, nesse final de semana, da reunião regional da FMJD - Federação Mundial das Juventudes Democráticas, na cidade de Havana, na bela Cuba.


A FMJD congrega as juventudes progressistas e anti-imperialistas de todos os continentes há mais de 65 anos. Surgiu da necessidade da luta pela paz no pós-segunda guerra e consolidou-se com a marca da luta pelos direitos humanos e contra o imperialismo. A UJS, desde 2003, ocupa sua vice-presidência para a América Latina, divindo as tarefas regionais com a Juventude Comunista da Colômbia (JUCO) e a União da Juventude Comunista de Cuba (UJC).


Mais de 20 organizações latino-americanas participaram da reunião que debateu a preparação da região para a Assembleia Geral da FMJD que será em Portugal, no mês de dezembro deste ano. Aprovamos na declaração final (que será a contribuição para a Assembleia mundial) três linhas gerais muito importantes:

1) A vitória do Presidente Ollanta Humala, no Perú, representando uma viragem política naquele país, uma derrota do imperialismo estadunidense e uma vitória do campo político progressista na América Latina. Reforçamos a defesa e a ampliação desse campo, formado a partir da eleição de governos progressistas, de esquerda e revolucionários que hoje já somam mais de dez países, com diferenças e características nacionais, mas que compõem o time da luta anti-imperialista. Esse time, que tem em comum a luta pela unidade, dá passos importantes com a instalação da CELAC (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos), novo e radical espaço de integração entre os países exclusivamente latinos.

2) A necessária participação nos movimentos que impulsionam os avanços na América Latina e que combatem as forças reacionárias. Nesse sentido, a FMJD deve ficar atenta e jogar peso em atividades como o Congresso da Oclae, os Encontros das Juventude do Foro de São Paulo, dentre tantos outros.

3) As juventudes anti-imperialistas devem encontrar na FMJD um espaço essencial de lutas. Devemos aproximar as organizações nacionais e regionais que participam da nova América Latina que construímos, fazendo com que a luta de cada uma delas seja luta de todos nós.


Outro rico debate foi sobre a condução da FMJD. A região ratificou o trabalho realizado pela UJC de Cuba a frente da secretaria-geral, pela UJS na vice-presidência e pela Juco na coordenação regional. Além dessas, foram indicadas para compor o Conselho Geral a FEDE (Argentina), a FMLN (El Salvador), a JCV (Venezuela) e a JJCC (Chile).


Depois da reunião, participei, ainda do 3º Encontro Juvenil em Solidariedade aos 5 Heróis Cubanos. Juventudes de todos os continentes estavam presentes e reafirmaram seu compromisso na defesa desses patriotas, presos injustamente nos Estados Unidos há mais de dez anos.

Cuba é um lugar mágico! Além de ser um país lindíssimo, a alegria do povo é contagiante e o país ensina muito. Certamente, uma lição de heroismo e um exemplo de coragem e determinação que o mundo todo deveria tomar!






Sobre as eleições na PUC

O Congresso da UNE neste ano está bem movimentado na PUC. O motivo: ao convocar a realização das eleições para o Congresso, o DCE não validou a inscrição de 3 das 4 chapas que concorreriam a delegados pela Universidade.

O DCE, responsável por organizar o processo, alegou que faltavam documentos. Desde então, os estudantes que tiveram suas chapas impugnadas protestam exigindo democracia nesse pleito. A UNE tem sua tradição construída nas lutas da juventude brasileira, é uma das entidades mais respeitadas dos movimentos sociais e tem sua contribuição inconteste na defesa da democracia. Não podemos permitir que uma prática autoritária e burocrática proíba a livre representação estudantil.

O Congresso da UNE é o mais importante espaço de debate dos rumos do país, da educação e do movimento estudantil, envolve mais de um milhão de estudantes e define as diretrizes da entidade. Exigimos eleições com transparência e credibilidade política.

O movimento estudantil da PUC RS deve garantir eleições que representem a pluralidade dessa instituição! Queremos ter o direito de representar nossos colegas da PUC no congresso da UNE!
E o DCE, tem que mostrar de que lado está: dos estudantes ou do golpismo.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Porto Alegre: até quando esperar?


A juventude é a etapa da vida em que construímos nossos caminhos que darão os rumos à vida. Por isso, muitos dizem que somos o futuro. O protagonismo da juventude nos principais episódios da nossa história e os avanços democráticos do Brasil na última década superaram essa visão apenas de "futuro".

Somos o presente, porque cada decisão dos jovens impacta de forma decisiva durante toda as suas vidas. Por isso, o debate sobre as políticas públicas é tão importante. Ganha relevância ainda maior, quando a juventude atinge seu maior percentual da nossa população e portanto, mais do que nunca, será a grande definidora do país que teremos. Somos 50 milhões de jovens em todo o Brasil que podem fazer o país avançar e se desenvolver no presente, ou mantê-lo o eterno "país do futuro".

Apesar disso, a cidade de Porto Alegre finge não perceber essa potencialidade. Acompanhamos recentemente o descaso da Prefeitura com a Vila Bom Jesus, uma das mais populosas da cidade, com cerca de 35 mil habitantes. A região estava prevista para receber uma das Praças da Juventude, projeto do Governo Federal que constroi complexos de lazer, práticas esportiva e cultural em locais de grande vulnerabilidade social. Mas a Prefeitura de Porto Alegre não apresentou o projeto para receber a praça, prevista em 1,5 milhão de reais. Solicitou um novo prazo para apresentação do projeto e ganhou mais quatro meses. E novamente não apresentou o projeto. Agora, será devolvida a verba aos cofres da União.

A prefeitura disperdiçou a oportunidade da prática do esporte, do acesso ao lazer e à cultura. Ignorou a possibilidade da comunidade da "Bonja" conviver em um ambiente saudável, de paz. A essa juventude, restou o que sempre teve: o acesso à violência e ao mundo das drogas. A política pública oferecida aos jovens da Bonja é a polícia e a truculência.

Infelizmente, a prefeitura de Porto Alegre dá distintas demonstrações de que não entende o papel estratégico da juventude para a cidade. São sucessivos atestados de incompetência tanto na gerência da Secretaria Municipal de Juventude e no Projovem, quanto nas políticas que auxiliriam parcela dos jovens a terem alternativas ao caminho das drogas e da criminalidade. Somos os jovens as principais vítimas do tráfico e da violência urbana. Com esse presente, não há futuro!

Resistiremos a esse descaso mostrando que onde há investimento na juventude, há desenvolvimento. Cobraremos do Prefeito Fortunatti essa e outras faturas, mobilizando a juventude nas ruas e nas urnas!

domingo, 22 de maio de 2011

Viva as Juventudes do Foro de São Paulo

Tive a oportunidade de representar a UJS na 17 Edição do Foro de São Paulo, ocorrido entre os dias 17 e 20 de maio, na cidade de Managua. O Foro é o espaço de articulação dos partidos de esquerda da América Latina.


Nasceu em 1990, em São Paulo (por isso levou seu nome), quando a avalanche neoliberal deixava consequencias catastróficas para os povos latino-americanos e para as nações. Passou por um amplo processo de amadurecimento, acumulou forças e conseguiu ao longo da última década chegar ao poder em muitos países. Agora, vivemos a fase da consolidação da fase dos governos progressistas e da sua unidade. Aprendemos com a diversidade da grande América e sabemos que só a unidade pode nos fazer fortes para vencer o grande inimigo das nações: o imperialismo. Vivemos as consequências da grave crise do sistema capitalista, que trouxe a tona o debate das alternativas, tema de acalouradas discussões entre os partidos de esquerda. O Foro avança na medida que avançam as experiências de integração, de unidade e de resistência, na medida que consolida-se a luta pelo socialismo na América Latina, enquanto alternativa capaz de dar resposta à crise capitalista.


A partir de 2009, as juventudes do Foro de São Paulo, construiram um processo privilegiado de discussão e passaram a contribuir num outro nível com o Foro. Acontecia o 1º Encontro das Juventudes do Foro de São Paulo, na Cidade do México. Esse novo espaço surgiu da necessidade de uma maior articulação das organizações políticas juvenis no sentido de contribuir com a formulação específica para o Foro. O terceiro encontro juvenil, recém ocorrido simultaneamente ao Foro de São Paulo, demonstrou que esse espaço tem jogado um grande papel para unir essas organizações em ações conjuntas e para a formação de um campo de esquerda convergente a partir das juventudes.


Trata-se de uma nova fase para o movimento juvenil latino-americano, que por sua característica impulsiona os avanços em cada país, ao mesmo tempo que faz política de um jeito diferente. Nossa luta é para acumular forças, ampliar nosso campo e conquistar avanços para o povo. Debatemos as políticas públicas para os jovens do continente, capazes de responder ao desemprego e ao emprego precário, ao acesso à educação, à mobilidade estudantil, ao problema da violência, do narcotráfico, dos preconceitos, da xenofobia.


Queremos tornar as experiências dos governos progressistas um exemplo às juventudes para que possamos tornar o debate do papel da juventude em cada país uma regra a ser implementada em todos os países. Mais do que isso, queremos mostrar que quanto maior a participação e a democracia, mais é possível estabelecer políticas para os jovens.


Queremos ampliar nossos espaços, ver novas vitórias eleitorais ainda esse ano no Peru e na Guatelama, aprofundar as experiências na Argentina e na Nicarágua. Somos as juventudes herdeiras das lutas da América Latina, mas que se constroem e se fortalecem a partir de cada conquista nos países e na região.


São as juventudes latino-americanas do século 21, que não aceitam golpes de Estado, que veem a bandeira da liberdade sendo erguida em vários dos seus vizinhos, mas que sabem que precisam fincar-se cada vez mais fundo nas terras da Pátria Grande. Somos os que lutamos pela unidade das nações e pela necessidade de construir o socialismo, com cara de índio, com jeito de mulher, com a cor misturada, com as características de cada nação e com toda essa diversidade que dá o formato da América Latina.

Viva a unidade da América Latina!
Viva as Juventudes do Foro de São Paulo

domingo, 8 de maio de 2011

Reforma Política e o Fortalecimento da Democracia no Brasil


A reforma política é um dos temas mais caros para a juventude. Ao longo da nossa história, os jovens tiveram papel protagonista para conquistar avanços para a Nação, e muitos foram torturados, exilados ou mortos em nome da bandeira da liberdade. Nossa geração é herdeira dessas lutas e por isso, encaramos a necessária reforma política como uma grande oportunidade de ampliar a democracia e a participação política do nosso povo.

A história de nossa jovem nação é marcada por interrupções do processo democrático e a nossa cultura política tem herança histórica nos privilégios das classes dominantes. Consideramos que a Reforma Política em discussão deve dar resposta a esses gargalos: fortalecer a democracia e diminuir o peso do poder econômico na definição dos rumos da nação.

Defendemos o financiamento público para as campanhas eleitorais como forma de dar condições mais igualitárias e tornar mais claras as distinções entre os projetos apresentados. Além disso, a proposta de financiamento público combate o estímulo a manutenção de apenas uma classe definindo os rumos do país, na medida que faz um recorte econômico nas condições das campanhas eleitorais. A forma de financiamento em vigor – o financiamento privado - favorece a corrupção e o chamado “caixa dois”. Além disso, atrela muitos candidatos a interesses privados daqueles que financiam as campanhas.

Outro ponto fundamental dessa discussão é a ampliação da liberdade partidária e da conscientização do povo através de um sistema político que privilegie a discussão em torno dos projetos e não das pessoas. O sistema atual omite esse debate e faz com que o personalismo seja um dos principais definidores do voto do povo. Por isso, o voto nas pessoas ao invés do projeto confunde os eleitores e desestimula a fiscalização popular em torno das ações políticas desenvolvidas. A adoção do sistema de voto em lista pré-ordenada, estabelecida pelos partidos políticos estimula a conscientização do povo e o confronto de projetos e visões defendidas pelos partidos políticos, fortalecendo a participação popular.

Por fim, combatemos com veemência a proposta do voto distrital. A UNE tem no fortalecimento da nação uma das nossas principais marcas. O voto distrital rebaixaria o papel da defesa da nação, rebaixa o debate nacional, fragmenta o país. A luta pela unidade e pela identidade nacional é também a luta pela nossa soberania e desenvolvimento. Não podemos admitir que um retrocesso de mais de cinqüenta anos tenha eco na discussão da necessária reforma política.

Esperamos que o Congresso Nacional e o povo brasileiro aproveitem essa oportunidade para encontrar soluções contundentes aos velhos problemas do nosso sistema eleitoral e da política brasileira, combatendo a corrupção e devolvendo à política a credibilidade de quem define os rumos da nação. A juventude não se furtará de clarear o que está em jogo nesse processo e dar mais uma importante contribuição a nossa história.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Tragédia em Realengo

Pela manhã fomos surpreendidos com uma trágica notícia: um homem entrou em uma escola no Rio de Janeiro e deu dezenas de tiros matando 11 crianças e ferindo dezenas. A notícia me deixou sem palavras.
Como é possivel a sociedade produzir psicopatas dessa magnitude? Como pode ser tão fácil alguém ter posse de arma de fogo?
No ano de 2005, o Brasil passou por um plebiscito sobre o desarmamento. As organizações consequentes da juventude, como a UJS, posicionaram-se favoráveis ao desarmamento, por entender que para diminuir o número de homicídios por arma de fogo no país, o primeiro passo é diminuir o número das armas de fogo. Na ocasião, a UNE chegou a realizar uma caravana pelo Brasil para tratar o tema.
Infelizmente, o mercado de armas e o individualismo venceram aquele plebiscito e as consequencias nós vemos todos os dias. É claro que não se acaba a violência apenas proibindo a venda de armas de fogo, mas certamente, várias barbaridades como a de hoje poderiam ser evitadas.
Tão impactante quanto o fato em si é a repercussão e as tentativas de explicações que a imprensa tenta dar: até dizer que o cara é muçulmano, disseram. Enquanto tratarmos ações insanas com dualismo e com preconceito ou intolerância, infelizmente casos como esses se repetirão de diferentes formas.
Minha solidariedade aos familiares e amigos das vítimas. Que o Brasil possa tirar lições desse triste episódio.